O que é a santidade e por que ela é possível para todos?

Ksenia Orlova By Ksenia Orlova 6 Min Read
Pe. Dr. José Eduardo de Oliveira e Silva ensina que a santidade não é privilégio de poucos, mas um chamado universal acessível por meio da graça e da fidelidade cotidiana.

Na compreensão do sacerdote católico, teólogo e filósofo Pe. Dr. José Eduardo de Oliveira e Silva, a santidade não é um privilégio reservado a poucos escolhidos, mas um chamado universal, feito por Deus a todos os que foram batizados em Cristo. Ser santo não significa levar uma vida extraordinária aos olhos do mundo, mas viver de forma extraordinária o ordinário da vida, com amor, fidelidade e docilidade à graça.

A santidade, portanto, não está fora do alcance. Pelo contrário, ela é a vocação fundamental de todo cristão e se realiza concretamente nas circunstâncias diárias da existência.

O que significa ser santo?

A santidade, segundo a doutrina da Igreja, consiste em configurar-se a Jesus Cristo, vivendo em união com Ele, na graça, na caridade e na verdade. Pe. Dr. José Eduardo de Oliveira e Silva explica que ser santo é viver como filho de Deus em todos os momentos, deixando-se conduzir pelo Espírito Santo, buscando a vontade do Pai e cultivando as virtudes cristãs com perseverança.

O santo é aquele que ama de modo pleno e se entrega a Deus com generosidade, colocando sua vida como instrumento de serviço e comunhão. Essa vivência não depende de estado de vida, cultura ou época. É acessível a quem está no lar, no trabalho, na escola, na vida consagrada ou leiga — todos são chamados a essa meta.

A santidade como vocação universal

Muitas vezes, a ideia de santidade é associada a figuras excepcionais da história da Igreja — mártires, místicos, fundadores. No entanto, conforme destaca José Eduardo de Oliveira e Silva, o Concílio Vaticano II, especialmente na Constituição Lumen Gentium, reafirma que todos os fiéis são chamados à santidade, não importa sua condição.

Essa vocação é parte essencial da vida cristã. Deus não pede o impossível, mas oferece os meios necessários: os sacramentos, a oração, a Palavra, o exemplo dos santos e a ação do Espírito Santo. Basta responder com liberdade e fidelidade à graça recebida no batismo.

A santidade na vida cotidiana

A santidade se realiza, principalmente, na vida comum. Ela não exige feitos grandiosos, mas amor profundo nas pequenas coisas. Segundo o Pe. Dr. José Eduardo de Oliveira e Silva, viver com paciência, perdoar com generosidade, servir com alegria, buscar a verdade, renunciar ao egoísmo e permanecer firme na fé já são expressões concretas de santidade.

A santidade é um caminho concreto e possível — como afirma Pe. Dr. José Eduardo de Oliveira e Silva ao explicar esse chamado para todos os batizados.
A santidade é um caminho concreto e possível — como afirma Pe. Dr. José Eduardo de Oliveira e Silva ao explicar esse chamado para todos os batizados.

Santa Teresinha do Menino Jesus é um grande exemplo disso. Viveu escondida em um convento, mas alcançou a santidade por meio da fidelidade amorosa no ordinário. Sua “pequena via” é um testemunho de que a grandeza espiritual está ao alcance de todos.

Os meios que a Igreja oferece para alcançar a santidade

A Igreja, como mãe e mestra, oferece os instrumentos necessários para o crescimento espiritual. Os sacramentos, especialmente a Eucaristia e a Confissão, sustentam a alma na caminhada rumo à santidade. A oração diária, a meditação da Sagrada Escritura, a prática da caridade e a participação na vida eclesial são caminhos seguros.

De acordo com o Pe. José Eduardo de Oliveira e Silva, também é fundamental cultivar as virtudes — fé, esperança, caridade, humildade, castidade, fortaleza, entre outras — e buscar o autoconhecimento por meio do exame de consciência e da direção espiritual.

A amizade com os santos, a devoção mariana e o estudo do Catecismo são outros recursos eficazes para quem deseja caminhar com firmeza.

Os santos como testemunhas da possibilidade real da santidade

A vida dos santos é o grande argumento de que a santidade é possível. Eles enfrentaram tentações, provações, limitações e fraquezas como todos nós, mas souberam responder à graça com coragem e fé. Assim como frisa Pe. Dr. José Eduardo de Oliveira e Silva, os santos não nasceram prontos, foram sendo moldados pela graça de Deus em meio às suas lutas diárias.

Por isso, olhar para eles não deve gerar medo ou distância, mas estímulo e proximidade. Eles são irmãos mais velhos que mostram que, com a graça de Deus, a santidade é uma realidade possível e concreta.

A santidade é o destino de quem ama a Deus

Buscar a santidade é aceitar o maior projeto que Deus tem para cada ser humano. Não é um peso, mas uma alegria profunda. É um caminho exigente, mas cheio de esperança, pois quem caminha com Deus não está só.

Como indica o padre José Eduardo de Oliveira e Silva, a santidade é, acima de tudo, um caminho de amor. Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo é o coração da vida santa. E esse amor, vivido com fidelidade, é capaz de transformar o mundo a partir do coração de cada pessoa.

Autor: Ksenia Orlova 

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